NOSSA HISTÓRIA
O nosso maior patrimônio é o quadro de associados, expresso através da intelectualidade dos seus membros com formação e experiência profissional nas áreas científicas listadas a seguir.
A ABEE considera como patrimônio, da maior importância, os mais de 35 anos de vida que acumula desde a sua fundação, com ganho muito significativo de prestígio e respeitabilidade no âmbito do meio técnico e comercial da Engenharia do Distrito Federal, e com forte repercussão por todo o nosso país. E destaca, nesse contexto, o grande número de cursos técnicos de extensão universitária que vem promovendo nessas últimas décadas, além da participação nos congressos seminários e encontros técnicos, das palestras promovidas e das consultorias prestadas a comunidade do DF.
E, finalmente, destaca o patrimônio imobiliário que conseguiu amealhar com muito esforço, constituído pela sua sede, onde se acha instalada, e pelos bens móveis que formam a base da sua operacionalidade.
Entre os vários artigos técnicos, apresentados naquela edição, o da página 131, “A INDÚSTRIA ELÉTRICA NO BRASIL”, credita à eletricidade, uma segunda revolução industrial, mais profunda que a primeira, ocorrida no século anterior. E complementa: “Não é outra a opinião do economista e sociólogo francês Georges Valois, que afirma estar o mundo no umbral de uma nova idade – a da eletricidade”.
A notícia cita o americano John E. Rankin que disse que a eletricidade “deu à humanidade uma ascendência sobre as forças da natureza nunca atingida anteriormente” e que “uma fase dessa transição para a Idade da Energia se caracteriza pelo desenvolvimento da energia hidrelétrica.”
Apesar da descoberta científica da eletricidade ter ocorrido no início do século XIX, o seu emprego no Brasil só ocorreu na segunda metade daquele século, com a inauguração do telégrafo elétrico, em 1852, e com a primeira experiência com um aparelho telefônico (1878) no Rio de Janeiro.
A primeira iluminação pública só ocorre em Campos-RJ, em 1883, e a primeira hidrelétrica para fins industriais foi inaugurada em Diamantina-MG (1883). A primeira de uso público, a “Marmelos Zero”, instalada em Juiz de Fora-MG, foi inaugurada em 1889.
Segundo consta, também os primeiros motores elétricos instalados no Brasil, já no limiar do século XX, o foram em Juiz de Fora, sendo um de 30 CV “Westinghouse”, na Fábrica de Tecidos Bernardo Mascarenhas, e outro, de 20 CV, italiano, na empresa Pantaleone Arcuri & Timpani.
São dados que apontam para o pioneirismo de Minas Gerais na aplicação da eletricidade para fins industriais e na geração de energia hidrelétrica, além de ter contribuído de forma determinante para que se promovessem grandes transformações e um extraordinário desenvolvimento de novos ramos e processos industriais.
Em todas as aplicações da eletricidade, até então, a energia elétrica era produzida em geradores de corrente contínua, acionados quase todos por máquinas a vapor, ou por pilhas, no caso dos telégrafos e telefones. Porém, o avanço no consumo industrial da energia elétrica foi lento. Além do medo que ainda causava nas pessoas, pelo seu caráter invisível e por seus efeitos, também era difícil convencer a muitos industriais que o pequeno motor elétrico substituía com vantagem as barulhentas e fumegantes caldeiras e máquinas a vapor.
A revista ELETROTÉCNICA, de agosto de 1937, No. 4 – Ano 2, publicada por engenheiros do antigo Instituto Eletrotécnico de Itajubá, hoje UNIFEI, que trouxe, na sua capa uma foto onde se destaca “A Eletrificação da Estrada de Ferro Central do Brasil”, inaugurada no dia 10 de julho daquele ano, publicou, na página 128, uma matéria sobre a fundação da ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENGENHEIROS ELETRICISTAS, cuja Diretoria e Conselho Diretor haviam sido eleitos numa Assembleia Geral, realizada no dia 29 de junho. Portanto, não foi sem razão que o livro “A Energia Elétrica no Brasil – da primeira lâmpada à Eletrobrás” cita que “para a expansão da energia elétrica no país foi preciso vencer a natureza e convencer os homens”.
Em meados da década de 30, já havia no Brasil quase mil usinas de geração de energia, sendo mais de 60% de hidrelétricas. Mas, na sua maioria, cada uma com sua rede independente, sendo raras as interligações entre sistemas, pois a primeira interligação só surgiu em 1930, no interior do Estado do Rio. Em 1935 surgia o primeiro computador, ainda eletromecânico e de dimensões enormes, e em 1937 registrou-se a primeira transmissão oficial de sinais de TV, na Alemanha e na França. Só muitos anos depois, surgiu o computador totalmente eletrônico, ainda de grande porte, e o acesso às imagens de TV no Brasil.
Eletrodomésticos também eram raros e importados, até mesmo o rádio. Foi sob este panorama que, em 29 de junho de 1937, um grupo de Engenheiros Eletricistas fundou, no Rio de Janeiro, a Associação Brasileira de Engenheiros Eletricistas – ABEE Nacional, que foi a primeira associação específica para engenheiros de uma determinada especialidade.
O Brasil contava, então, em torno de 1.300 MW de potência instalada, 100% nas mãos da iniciativa privada, com aproximadamente 1500 empresas geradoras e distribuidoras de Energia Elétrica em todo o país. A telefonia era quase inexistente e a comunicação era feita pela telegrafia. Logo em seguida tivemos o início da 2ª Guerra Mundial e tudo parou, até por volta de 1946, ano em que se instalou a primeira linha de transmissão de longa distância, interligando os sistemas de Rio e São Paulo.
Pouco depois, em 1947, com a invenção do transistor, a Engenharia Elétrica iniciou sua grande arrancada. Na década de 50 começaram a surgir as hidrelétricas de grande porte. Os eletrodomésticos passaram a ser o grande sonho de consumo e já ao alcance de uma parcela considerável da população, e a indústria eletrônica começou a se desenvolver para ser o que é hoje, difícil de enumerar e acompanhar os seus avanços.
É inegável o impacto social da eletricidade desde suas primeiras e múltiplas aplicações. No entanto, pode-se dizer que o uso generalizado da eletricidade só ocorreu a partir da década de 50, quando a presença da ABEE Nacional foi marcante, conforme importantes registros de sua história.
Vinte anos depois de fundada a ABEE Nacional, em 12 de setembro de 1956, foi criada a ABEE- SP, que nos seus 60 anos de existência também tem contribuído largamente para o setor. E, a partir de então, surgiram outros braços estaduais da ABEE.
É fato, contudo, conforme se verifica através da Ata da Sessão Inaugural da Associação Brasileira de Engenheiros Eletricistas – Regional Brasília, realizada em 25 de setembro de 1981, na sede do CONFEA, que se deu ali a fundação da ABEE-DF, vendo eleita por aclamação a sua primeira Diretoria, constituída pelos engenheiros: Argemiro José Cardoso – Presidente; Carlos Luís Antunes Pinto – Secretário; e José Batista Correa – Tesoureiro; tendo sido os trabalhos conduzidos pelo Eng. Inácio de Lima Ferreira, que já havia sido o primeiro Presidente do CREA-DF, e que então era o Presidente do Confea.
Em pouco tempo de trabalho, a ABEE-DF conseguiu ampliar o número de associados, promovendo Palestras, Seminários e Cursos para atualização profissional, e firmando parcerias, com o objetivo de atuar na defesa e valorização dos profissionais da área da Engenharia Elétrica, nela inclusas todas as suas modalidades: Eletrotécnica, Telecomunicações, Computação, Controle e Automação e outras afins; sempre com foco na segurança e qualidade de vida da sociedade.
Orgulhosos e honrados de participar de uma história de luta e muita dedicação, buscamos inspiração nas vitórias daqueles que nos antecederam, cientes de que o nosso sucesso será o de todos os associados que se mobilizam, ombro a ombro, num processo participativo efetivo e responsável, frente aos problemas que o destino nos reserva. Unidos seremos cada vez mais fortes.
Cumpre destacar que todo o conteúdo histórico da criação da ABEE Nacional e da evolução do Setor Elétrico Nacional, como aqui se descreveu, pertence à lavra da ABEE-MG, que gentilmente nos permitiu a reprodução aqui apresentada.
Patrimônio
O nosso maior patrimônio é o quadro de associados, expresso através da intelectualidade dos seus membros com formação e experiência profissional nas áreas científicas listadas a seguir.
A ABEE considera como patrimônio, da maior importância, os mais de 35 anos de vida que acumula desde a sua fundação, com ganho muito significativo de prestígio e respeitabilidade no âmbito do meio técnico e comercial da Engenharia do Distrito Federal, e com forte repercussão por todo o nosso país. E destaca, nesse contexto, o grande número de cursos técnicos de extensão universitária que vem promovendo nessas últimas décadas, além da participação nos congressos seminários e encontros técnicos, das palestras promovidas e das consultorias prestadas a comunidade do DF.
E, finalmente, destaca o patrimônio imobiliário que conseguiu amealhar com muito esforço, constituído pela sua sede, onde se acha instalada, e pelos bens móveis que formam a base da sua operacionalidade.
Associados
Até o dia 31/12/2015 somávamos, dentre todas as modalidades da Engenharia Elétrica, com registro no CREA-DF: 2.689 profissionais plenos. A estes somavam-se 114 Tecnólogos e um número ainda não contabilizado de Técnicos.
Atualmente, existem 6.818 engenheiros eletricistas inscritos no CREA-DF, sendo que apenas 39% desses possuem registro do DF, enquanto os demais possuem apenas vistos, pois aqui chegaram com diplomas de outros estados. Estima-se, ainda, que mais de 1.000 engenheiros eletricistas estão exercendo funções técnicas no serviço público federal, irregularmente (sem registro ou visto).
Infelizmente, nem todos os profissionais registrados no CREA são associados da ABEE-DF, como gostaríamos. Até o final de 2014, tínhamos 630 associados, mas no ano passado conseguimos inscrever mais 126 profissionais, fechando o ano de 2015, com 756 associados. Nossa expectativa era que pudéssemos passar de 1.000 inscrições até o final deste ano de 2016. Fechamos o ano com 930.
Neste ano queremos alcançar 1.200 profissionais, mas isso já não é nossa maior prioridade. Estamos nos dedicando agora, com maior empenho, à integração do nosso universo. Unidos seremos mais fortes e quanto mais formos, maiores